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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

2666 e a leitura de livros-calhamaço, por Eduardo Pitta (no seu melhor)

«Devo ser o único português que ainda não leu 2666 de Roberto Bolaño [...] A quantidade de gente, dos blogues, que lê, por semana, vários livros de mil e tal páginas, deixa-me sempre impressionado. Eu levei para férias (é como quem diz) a Servidão Humana (1915) do W. Somerset Maugham, porque o tinha lido aos 20 anos, e há obras que devemos reler na maturidade. Entre almoços à beira da piscina, sestas, drinks e jantares em Moledo, o livro voltou para Lisboa na p. 419, ou seja, a mais de duzentas do final, num paperback de letra miudinha. Das duas uma: ou ninguém trabalha, ou sou eu que sou lento.»

Um belíssimo texto de Eduardo Pitta, que merece ser reproduzido pela mesma blogosfera fora que está a fazer alarido do livro (e onde o Senhor Palomar se encontra). O entusiasmo, diga-se, está mais relacionado com a boa experiência por outros livros do autor, do que pela leitura deste monumental / magistral / inigualável 2666 (é escolher o melhor atributo, se faz favor). Mas o comentário é muito justo e deve ser assinalado. Mais, o Senhor Palomar esclarece que ainda não leu 2666.

1 comentário:

  1. Belíssimo ao cubo.
    Sempre me sinto diminuída ao ler o que as pessoas lêem em tão pouco tempo.
    Eu ainda nem consegui ler a obra do Nabokov completa. Entre ler e reler, a quantidade de tempo é muito grande. Há livros que já li oito ou nove vezes. Vou ter que ler de novo. E os outros, além de já terem lido todos os clássicos, os modernos, os pós-modernos os pós-pós-modernos, os revisitados, as biografias, etc, ainda conseguem comentar essa quantidade de livros.
    Cada dia mais me sinto um grão de areia ante essas máquinas de moer livros.
    Eles vivem?

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